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quinta-feira, 7 de junho de 2012

IU- INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO IDOSO

- A incontinência urinária (IU) no idoso, é uma condição de múltiplas causas, que deve ser investigada, com muita paciência e ponderação. Através do histórico da função vesical, com o apoio dos familiares e cuidadores, exame físico, avaliações de exames complementares, para definir a classificação da incontinência e assim poder tratá-la da forma mais adequada para que se torne o menos traumático para o idoso. Trabalhar com a prevenção deste problema antes que o mesmo possa se instalar.
A incontinência urinaria (IU) é um dos maiores problemas de saúde que afeta a população idosa, devido problemas funcionais e estruturais no sistema urinário, afetando-os no aspecto físico e psicológico, restringindo-lhes em sua independência e dignidade, pois predispõe as infecções perineais, genital, leva as macerações e rupturas de pele, facilitando a formação de úlceras de pressão, interfere no sono do idoso e predispõe as quedas.
Causas
As causas IU são diversas, mas principalmente pode ocorrer por redução da contratilidade e da capacidade vesical, instabilidade do detrusor, declínio da habilidade para retardar a micção, aumento do volume residual.
Na mulher principalmente é comum ocorrer à redução da pressão máxima de fechamento uretral devido atrofia dos tecidos que revestem e envolvem a uretra, a bexiga e a vagina.
Entre os homens, o fator principal que leva alterações do fluxo urinário relacionados ao envelhecimento, é o aumento da próstata.
Doenças como diabetes, uretrites, doenças do sistema nervoso central, uso de medicamentos, restrição da mobilidade, aumento do débito urinário, impactação fecal, distúrbios psíquicos, podem levar a problemas de incontinência urinária.
A prevalência estimada é de 38% a 55% para idosos institucionalizados, 5% a 37% para idosos que vivem na comunidade
Classificação da incontinência urinária
1. Aguda ou transitória: causadas por estado confusional, urgências miccional, infecções, inflamações do trato urinário, por uso de medicamentos, por fatores psicológicos como, raiva, hostilidade, depressão.
2. Persistente (classificada em 4 categorias):
- Incontinência de stress: perda involuntária quando a pressão intravesical excede a pressão uretral máxima por pressão intrabdominal e ausência da contração do músculo detrusor. Ocorre quando se realizam exercícios, durante espirros, risos.
- Urgência urinária: perda involuntária associada ao forte desejo de urinar. Ocorre em casos de algumas doenças como, demências senis, Parkinson, AVCs, escleroses cerebrais múltiplas e também em pessoas idosas saudáveis.
-Incontinência de superfluxo: a pressão intravesical excede a pressão máxima da uretra devido à elevação da primeira, associada à distensão da bexiga, na ausência da atividade do detrusor. Ocorre em casos de obstrução por aumento da próstata, bexiga neurogênica não inibida (perda freqüente de pequeno volume) e bexiga neurogênica atônica, onde o paciente não se percebe a distensão vesical, o reflexo miccional não chega a ser desencadeado (Ex. na bexiga neurogênica do diabetes).
-Incontinência funcional: perda urinária involuntária, associada à incapacidade de usar o toalete e relacionada a perdas cognitivas e físicas do idoso, fatores psicológicos e ambientais que levam a dificultar o uso do toalete.
Incontinência causada por medicamentos
Anticolinérgicos, antidepressivos, agonista alfa –adrenérgico (retenção) , antagonista alfa-adrenérgico (relaxamento), analgésicos narcóticos, sedativos hipnóticos, antipsicóticos, diuréticos.

Exames complementares

1. Urinálise;
2. Uréia, creatinina, cálcio e glicemia;
3. Citologia urinária,
4. Avaliação ginecológica e urológica;
5. Estudo urodinâmico

INCONTINÊNCIA URINÁRIA

- Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Distúrbio mais frequente no sexo feminino, pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta uretra sejam mais frágeis nas mulheres.
Causas
A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida nas seguintes situações:
* Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
* Gravidez e parto;
* Tumores malignos e benignos;
* Doenças que comprimem a bexiga;
* Obesidade;
* Tosse crônica dos fumantes;
* Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
* Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
* Procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.
Tipos e Sintomas

a) Incontinência urinária de esforço – o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;
b) Incontinência urinaria de urgência – mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro;
c) Incontinência mista – associa os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra.
Diagnóstico
São dados importantes para o diagnóstico o levantamento da história dos pacientes e a elaboração de um diário miccional onde eles devem registrar as características e freqüência da perda urinária.
Outro recurso para firmar o diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco invasivo e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob esforço.
Tratamento
O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Atualmente, a cirurgia de Sling, em que se coloca um suporte para restabelecer e reforçar os ligamentos que sustentam a uretra e promover seu fechamento durante o esforço, é a técnica mais utilizada e a que produz melhores resultados.
Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento é farmacológico e fisioterápico. O farmacológico pressupõe o uso ininterrupto de várias drogas que contêm substâncias anticolinérgicas para evitar a contração vesical. Esses remédios provocam efeitos colaterais, como boca seca, obstipação e rubor facial.
Recomendações
* Procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta;
* Não pense que incontinência urinária é um mal inevitável na vida das mulheres depois dos 50, 60 anos. Se o distúrbio for tratado como deve, a qualidade de vida melhorará muito;
* Considere os fatores que levam á incontinência urinária do idoso – uso de diuréticos, ingestão hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção – e tente contorná-los. Às vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico;
* Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação, praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, são medidas que podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.