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quinta-feira, 24 de março de 2011

PLANTÃO - SAÚDE

OSTEOPOROSE
Em geral acreditamos que, após a fase de crescimento, nossos ossos estão formados e não se modificam mais. Essa é uma ideia equivocada, porque o osso é um tecido vivo e, como todos os demais tecidos no nosso corpo, está em constante mutação.
As células que compõem os ossos estão se renovando constantemente e para que esse processo se concretize, nosso organismo utiliza principalmente o cálcio. Quando essa renovação celular não se conclui de forma satisfatória, os ossos ficam com sua massa diminuída e tornam-se porosos, o que deixa o esqueleto mais sujeito a fraturas.
 
A esse conjunto de situações – menor massa óssea e porosidade – é que se dá o nome de osteoporose. A osteoporose atinge principalmente mulheres após a menopausa e idosos de ambos os sexos, causando problemas posturais e perda de altura, além do já mencionado maior risco de fraturas. Entretanto, a osteoporose é uma doença que pode ser prevenida e tratada.

Atividade óssea
Como já dissemos, o osso é um tecido vivo que está em constante atividade durante toda a vida. Ele contém colágeno - que é uma proteína -, cálcio e outros minerais. Cada osso é formado por uma camada externa chamada de osso cortical e um emaranhado interno, conhecido como osso trabecular.

O osso velho é destruído por células denominadas osteoclastos e reposto por células reconstrutoras chamadas de osteoblastos. A renovação do esqueleto demora de dois a dez anos, conforme o local do corpo e a faixa etária da pessoa.

Até os 35 anos de idade, há equilíbrio entre os processos de destruição (reabsorção) e de formação, mas, após essa idade, a perda óssea aumenta gradativamente, como parte do processo natural de envelhecimento.

QUEM PODE TER

Diversos fatores, físicos e ambientais, podem aumentar o risco de osteoporose. Os principais são:
 

1  -  Sexo – mulheres estão mais sujeitas do que homens, pois têm ossos mais leves e finos e porque na menopausa deixam de ter a proteção do hormônio estrógeno;
2 - Idade – O processo natural de envelhecimento reduz a velocidade de reposição de novas células ósseas pelo organismo;
3 - Histórico familiar – Existe um componente genético na osteoporose e, por isso, quem tem familiares que já apresentaram a doença está mais sujeito a desenvolvê-la também;
4  -  Raça – O risco maior fica para mulheres de origem caucasiana ou asiática. Afro-descendentes e latinos têm risco menor;
5  -  Tamanho do corpo – Pessoas com baixa estatura e baixo peso – em geral com Índice de Massa Corpórea (IMC) abaixo de 19, têm maior propensão a desenvolver osteoporose;
6  -   Estilo de vida – Dieta pobre em cálcio, insuficiência de vitamina D, sedentarismo, uso de bebidas alcoólicas e cigarro aumentam o risco.

Existem ainda fatores relacionados ao estilo de vida e ao uso de determinados medicamentos que podem elevar o risco de ocorrência de osteoporose:
1  -  Artrite reumatóide;
2  -  Anorexia nervosa;
3  -  Excesso de exercícios ou sedentarismo;
4  -  Baixo nível de testosterona em homens;
5  -  Hipertireoidismo
6  -  Doenças que afetam a absorção de nutrientes, tais como a doença de Crohn ou doença celíaca;
7  -  Doenças que causam longo período de imobilidade;
8  -  Uso de corticosteróides para outras doenças por períodos mais longos do que três meses;
9  -   Drogas anticonvulsivantes;
10 -  Drogas contra câncer de próstata que afetam a produção de testosterona ou sua atuação no organismo.

COMO DIAGNOSTICAR
Caso você apresente algum dos fatores de risco para a osteoporose, procure seu médico. Se ele achar necessário, poderá pedir que você realize um exame de diagnóstico por imagem chamado densitometria óssea.

A densitometria óssea – procedimento rápido e indolor - mede a consistência do osso em várias partes do corpo e pode detectar situação de baixa massa óssea ainda em fase inicial, denominada osteopenia. Com esse exame, é possível acompanhar a velocidade de perda óssea e predizer o risco de fraturas.

A Sociedade Brasileira de Densitometria recomenda a realização do exame de densitometria óssea nos seguintes casos:
 
- Mulheres de 65 anos de idade ou mais e homens a partir dos 70 anos, independentemente dos fatores de risco;
 
- Mulheres jovens na pós-menopausa e homens entre 50 e 70 anos de idade com algum fator de risco mais importante;
 
- Homens com idade inferior a 70 anos e com fatores de risco para fraturas;
 
- Mulheres na transição da menopausa com fatores de risco específico, associados com o risco aumentado de fratura, tais como baixo peso, fratura anterior por fragilidade e aumento do risco por uso de medicação;
 
- Adultos com uma fratura após os 50 anos;
 
- Adultos com artrite reumatóide ou em uso de corticóide em dose alta por mais de três meses, associado a baixa massa óssea ou perda óssea;
 
- Qualquer pessoa que irá iniciar ou esteja em tratamento específico para osteoporose;
 
- Qualquer pessoa que não esteja sendo medicada, mas que na comprovação de perda de massa óssea deverá ser tratada;
 
- Mulheres que tenham interrompido tratamento com estrógeno

 

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